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Aprovados os protocolos da Artrite Reumatoide e da Artrite Idiopática Juvenil no SUS

  • Publicado: Segunda, 13 de Setembro de 2021, 14h02
  • Última atualização em Sexta, 03 de Dezembro de 2021, 11h45
  • Acessos: 2005

Textos passaram por atualização após inclusão/exclusão de tecnologias para o tratamento de ambas as condições de saúde

Foram aprovadas as atualizações dos Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas (PCDT) da Artrite Reumatoide e da Artrite Idiopática Juvenil (AIJ). O processo de atualização dos textos é contínuo e garante que os tratamentos ofertados na rede pública de saúde estejam baseados em dados atuais. A demanda de atualização do PCDT da Artrite Reumatoide surgiu devido a incorporação do upadacitinibe para o tratamento de pacientes adultos com a doença ativa moderada a grave no SUS. No PCDT da AIJ foi excluída a apresentação de abatacepte 125 mg, considerando que a referida apresentação farmacológica não é indicada em bula para o tratamento.

Os temas passaram por consulta pública após análise da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec). Os PCDT são documentos que direcionam os procedimentos a serem seguidos pelos gestores do SUS. São baseados em evidência científica e consideram critérios de eficácia, segurança, efetividade e custo-efetividade das tecnologias recomendadas.

ARTRITE REUMATOIDE
É uma doença inflamatória autoimune que afeta articulações e órgãos internos. Ainda sem cura e de causa desconhecida, compromete as articulações de forma irreversível, com impacto nos movimentos.

Publicado pela primeira vez em 2019, o PCDT para artrite reumatoide sugere que o diagnóstico considere sinais e sintomas relatados como rigidez matinal, nódulos reumatoides, artrites nas mãos, em três ou mais áreas articulares, e seja complementado por meio de exames laboratoriais.

Além das manifestações articulares, a doença pode reduzir a expectativa de vida do paciente. É mais frequente em mulheres, principalmente, na faixa etária acima dos 60 anos. O diagnóstico precoce e o tratamento oportuno, nas fases iniciais, reduzem a destruição articular e melhoram o prognóstico desses pacientes.

O documento aponta que pacientes devem ser acompanhados por equipe multidisciplinar (com fisioterapeuta, terapeuta ocupacional, psicólogo, nutricionista e suporte de um médico reumatologista) e orientados sobre mudanças no estilo de vida. O tratamento medicamentoso envolve o uso de anti-inflamatórios, corticoides, imunossupressores, entre outros.

Leia aqui o texto do PCDT da Artrite Reumatoide.

ARTRITE IDIOPÁTICA JUVENIL (AIJ)
A artrite idiopática juvenil acomete as articulações, mas pode atingir órgãos como olhos, coração e pele. Informações da Sociedade Brasileira de Reumatologia indicam que fatores imunológicos, genéticos e infecciosos podem estar envolvidos na causa da doença. A principal manifestação clínica da AIJ é a artrite, com dor, aumento de volume e de temperatura de uma ou mais articulações. O diagnóstico é clínico e baseia-se na presença dos sintomas com duração igual ou maior a seis semanas.

Dados epidemiológicos sobre frequência da artrite idiopática juvenil no Brasil são escassos. De acordo com um estudo realizado no município de São Paulo, realizado com 6 a 12 anos de idade, a prevalência de AIJ foi de 0,34 a cada mil crianças.

A doença se subdivide em categorias distintas. Cada tipo tem um tratamento específico e o esquema terapêutico pode variar, de acordo com as manifestações clínicas de cada paciente. O tratamento não medicamentoso baseia-se na educação de novos hábitos e rotina, associado a apoio psicológico, fisioterapia e terapia ocupacional. O tratamento medicamentoso envolve a prescrição de glicocorticoides, anti-inflamatórios não esteroidais (AINES), medicamentos modificadores do curso da doença (MMCD) sintéticos e biológicos e imunossupressores.

Leia aqui o texto do PCDT da Artrite Idiopática Juvenil.

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