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Conitec analisa tratamento para Edema Macular Diabético (EMD)

  • Publicado: Segunda, 30 de Março de 2020, 11h19
  • Última atualização em Terça, 14 de Julho de 2020, 09h20
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Doença ocular é a principal causa de cegueira entre pessoas com idade economicamente ativa 

Até o dia 20 de abril, a população pode participar da Consulta Pública sobre a incorporação do ranibizumabe para o tratamento de edema macular diabético (EMD). A Comissão analisou estudos que compararam a tecnologia com as já incluídas no SUS para o tratamento da doença. As evidências mostraram haver benefícios tanto para os pacientes quanto para o sistema público, com uma possível diminuição de custos, caso o preço proposto pela fabricante seja semelhante ao apresentado nas análises. Por isso, a recomendação preliminar do Plenário foi favorável à incorporação. Agora o tema segue para receber contribuições da sociedade.

O ranibizumabe é aplicado por meio de uma injeção intraocular, para bloquear a proliferação dos vasos sanguíneos da retina, que leva ao agravamento do EMD. A tecnologia tem ação semelhante ao aflibercepte, incorporado em 2019 para a doença. A Comissão verificou, nos estudos analisados, que o medicamento em consulta pública apresenta eficácia e segurança comprovada semelhante ao já disponível.

Se incorporada, a tecnologia será mais uma opção terapêutica para esses pacientes. A recomendação do Plenário está condicionada à elaboração de um PCDT para a doença e à negociação de preço com o fabricante. Leia aqui o relatório inicial.

As contribuições enviadas podem confirmar ou modificar essa análise. Informações técnicas e científicas e relatos de experiência sobre o uso dessa tecnologia – ou de outras alternativas para esse tratamento – podem auxiliar na elaboração do relatório final. Para participar, com experiências ou opiniões, acesse aqui; com contribuições técnico-científicas, acesse aqui.

Edema Macular Diabético (EMD)

A doença é uma das complicações do diabetes. Os principais fatores de risco para seu desenvolvimento são o descontrole dos níveis de glicemia no sangue e a duração da doença. As estatísticas reunidas no relatório para análise da tecnologia mostram que o EMD é mais comum em pacientes diagnosticados com diabetes há mais de 10 anos.

A principal causa são as alterações estruturais nos vasos da retina causadas pela elevação dos níveis de açúcar no sangue. Esse processo pode danificar os vasos sanguíneos e aumentar o extravasamento de fluidos na retina. Assim, substâncias como líquidos, proteínas e outras moléculas passam de dentro dos vasos sanguíneos e se acumulam próximos da retina e da mácula, formando o edema.

Em estágios iniciais da doença, os pacientes geralmente não apresentam sinais ou sintomas. Com o passar do tempo, a visão pode ficar borrada e distorcida e, se não diagnosticada e tratada corretamente, pode evoluir para cegueira irreversível. Por isso, pessoas com diabetes ou que apresentem qualquer alteração da visão precisam procurar um especialista periodicamente.

 

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