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Conitec avalia o uso de meias elásticas de compressão no tratamento de linfedema

  • Publicado: Quarta, 25 de Novembro de 2020, 17h38
  • Última atualização em Quinta, 24 de Dezembro de 2020, 11h17
  • Acessos: 1502

Consulta pública recebe contribuições até 14 de dezembro

Está aberta a consulta pública sobre meias elásticas de compressão para tratamento de linfedema de membros inferiores, uma doença crônica e progressiva que afeta o sistema linfático, uma rede de vasos que conecta diferentes órgãos. A Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec) encaminhou o tema com parecer inicial desfavorável à incorporação, após entender que as evidências encontradas foram insuficientes, e que a tecnologia se revelou pouco efetiva e com maior custo que as alternativas já oferecidas atualmente no SUS. O prazo para o envio de contribuições se encerra no dia 14 de dezembro.

Participe da consulta pública. Clique aqui para o envio de relatos de experiência/opinião ou clique aqui para contribuições técnico-científicas sobre o tema.

A literatura encontrada sobre o tema relata o uso das meias de compressão associado a outras intervenções, como drenagem linfática, exercícios físicos e cuidados com a pele. Isso dificulta a distinção entre os efeitos terapêuticos das outras intervenções e aqueles ligados exclusivamente à ação das meias elásticas. Por outro lado, nenhuma evidência relacionada à segurança ou adesão ao uso das meias elásticas compressivas foi identificada.

Leia aqui o relatório inicial.

Saiba mais

A linfa é o fluido que circula pelos vasos linfáticos, coletando impurezas que circulam pelo corpo e estimulando as defesas do organismo. São ações importantes do sistema linfático a atividade imunológica e o controle de inflamações. O linfedema ocorre quando a linfa se acumula no espaço entre as células, gerando inchaços e diminuindo a qualidade de vida dos pacientes.

Em seus estágios iniciais, o linfedema geralmente se apresenta como um inchaço comum e, por esse motivo, pode não ser diagnosticado até atingir estágios mais avançados. Cerca de 80% da drenagem linfática costuma ficar comprometida antes do linfedema tornar-se perceptível.

O linfedema possui diferentes causas e pode ser de dois tipos: ter caráter genético, aparecendo frequentemente entre a infância e a adolescência, mas pode também se desenvolver na idade adulta (após os 35 anos de idade); ou resultar de dano ou obstrução dos vasos linfáticos, decorrentes de doenças infecciosas, como a filariose, por exemplo, doença parasitária transmitida de pessoa a pessoa por meio da picada de pernilongo, ou de algum trauma.

Tratamento

Até o momento, não existe cura para o linfedema. Os tratamentos utilizados podem ser divididos entre conservadores (não-invasivos) e cirúrgicos, e objetivam reduzir o edema e o desconforto nas áreas afetadas, por meio de diferentes abordagens e associação de intervenções. No âmbito do SUS, estão disponíveis dois procedimentos: o atendimento fisioterapêutico para disfunções vasculares periféricas e o tratamento cirúrgico.

As meias elásticas de compressão atuam basicamente comprimindo os músculos e funcionando como uma bomba, fazendo pressão para que o sangue que circula pelo corpo, ao passar pelas pernas, retorne ao coração.

Da mesma forma, também podem auxiliar no processo de drenagem linfática, ou seja, na eliminação de substâncias capazes de desencadear uma resposta do sistema imunológico, e que são transportadas pela linfa.

Por tais motivos, essas meias são usadas em alguns tratamentos médicos, geralmente com indicação para doenças que envolvem as circulações sanguínea e linfática.

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