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Consulta pública avalia atualização de protocolo da Miastenia Gravis

  • Publicado: Terça, 21 de Julho de 2020, 17h50
  • Última atualização em Terça, 01 de Setembro de 2020, 14h44
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Interessados podem acessar o formulário até o dia 10 de agosto

A Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec) recomendou inicialmente a atualização do Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas (PCDT) da Miastenia Gravis (MG). O tema segue em consulta pública até o dia 10 de agosto. Trata-se de uma doença crônica que impede a comunicação entre nervos e músculos, causando fraqueza e fadiga incomuns. Ela também aparece como uma doença autoimune e rara, ainda sem cura.

A avaliação inicial da Comissão contempla o diagnóstico e o tratamento da miastenia gravis, bem como da crise miastênica (disfunção respiratória que exige ventilação mecânica, considerada uma complicação potencialmente fatal) e de outros casos especiais relacionados a MG. Uma nota ainda será produzida pela Conitec a fim de avaliar a incorporação do exame que colabora para o diagnóstico da doença. Acesse aqui o PCDT.

As causas da miastenia gravis ainda são desconhecidas. Em alguns pacientes, há relação com tumores do timo - glândula ligada ao sistema imunológico e que produz anticorpos. Clique aqui para contribuir.

SAIBA MAIS

Há duas formas de miastenia: a autoimune ou adquirida e a congênita. Na autoimune, a resposta imunológica se volta contra os componentes da placa motora responsável pela transmissão do estímulo nervoso que faz o músculo contrair. Como resultado, as fibras musculares afetadas acabam se atrofiando ou se degenerando, causando dificuldades para realizar movimentos como abrir e fechar os olhos, falar, mastigar, engolir, mover a cabeça, pegar, andar.

Na congênita, os anticorpos produzidos pela mãe passam pela placenta e atingem o feto.

Os sintomas são: fadiga extrema; fraqueza muscular; dificuldade para mastigar e engolir; falta de ar; voz anasalada; pálpebras caídas (ptose palpebral); visão dupla (diplopia).

Diagnóstico

O diagnóstico clínico é feito com base no histórico do paciente; nos resultados do exame de eletroneuromiografia com estimulação nervosa repetitiva e ainda pela dosagem dos anticorpos contra os receptores da acetilcolina (substância química que atua como neurotransmissor, transmitindo os impulsos entre as células do sistema nervoso). Também é preciso que o profissional investigue doenças associadas. 

Tratamento

Ainda não existe cura para a miastenia gravis, mas existem medicamentos que favorecem a permanência da acetilcolina na junção neuromuscular e outros que reduzem a produção de anticorpos contra os receptores da acetilcolina. Os cortiscosteroides e os imunossupressores são também recursos farmacológicos utilizados no tratamento.

A plasmaferese (troca de plasma) tem-se mostrado útil em alguns casos, mas apresenta o inconveniente de produzir efeitos de curta duração.

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