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Consulta pública avalia combinação de duas tecnologias para tratamento de doença pulmonar obstrutiva crônica

  • Publicado: Terça, 29 de Setembro de 2020, 09h42
  • Última atualização em Segunda, 16 de Novembro de 2020, 19h36
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No Brasil, essa é a terceira causa de morte entre as doenças crônicas não transmissíveis. Prazo de participação foi prorrogado para até o dia 29 de outubro.

Está aberta a consulta pública sobre a combinação de duas tecnologias dilatadoras de brônquios utilizadas no tratamento de pacientes com doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC). A análise contempla broncodilatadores antagonistas muscarínicos de longa ação (LAMA) combinado aos agonistas Beta 2 adrenérgicos de longa ação (LABA) em dose fixa combinada ou em dispositivos separados. O prazo para envio das contribuições foi prorrogado para até o dia 29 de outubro. O LABA já foi incorporado ao SUS. Agora a Conitec recomenda inicialmente a incorporação do umeclidínio, no grupo do LAMA. Para o Plenário, apesar de melhor custo se usadas na mesma formulação, as medicações são mais seguras quando utilizadas em dispositivos separados, permitindo melhor ajuste das doses conforme a necessidade de cada caso.

Participe da consulta pública. Clique aqui para o envio de relatos de experiência/opinião ou contribuições técnico-científicas sobre o tema.

A DPOC é uma doença que ataca os pulmões e causa dificuldade para respirar, devido ao quadro de inflamação e de destruição dos alvéolos, responsáveis pelas trocas gasosas nos pulmões. É considerada a quarta principal causa de morte no mundo, prevendo-se que alcance a terceira posição em 2020. No Brasil, é a terceira causa de morte entre as doenças crônicas não transmissíveis, com um aumento de 12% no número de mortes entre 2005 e 2010. Isso representa atualmente quase 40 mil óbitos anuais.

Confira aqui o relatório inicial.

SAIBA MAIS

A doença pulmonar obstrutiva crônica é provocada geralmente pela fumaça do cigarro ou de outras substâncias irritantes. Os principais sinais e sintomas são tosse, falta de ar, chiado no peito e catarro em excesso. Ela é classificada de leve a muito grave. Seu diagnóstico é feito com base em sinais e sintomas respiratórios crônicos, por meio de exames e testes diversos no paciente.

TRATAMENTO NO SUS
O Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas (PCDT) para doença pulmonar obstrutiva crônica, publicado em 2013, orienta tratamentos medicamentosos e não medicamentosos, com objetivo de diminuir os sintomas, melhorar a respiração e a qualidade de vida do paciente.

O tratamento não medicamentoso consiste em: evitar o contato com substâncias que causam reação (como cigarro e fumaça); vacinação; oxigenoterapia; reabilitação pulmonar e cirurgia.

O tratamento medicamentoso se baseia no uso de broncodilatadores e de anti-inflamatórios corticosteroides. Para pacientes com sintomas leves, são recomendados broncodilatadores de curta ação, especificamente salbutamol e ipratrópio. Para pacientes com doença moderada ou grave, recomenda-se o uso de um broncodilatador de longa ação, salmeterol e formoterol. A associação de dois broncodilatadores de longa ação diferentes (broncodilatação dupla com LAMA e LABA) não foi recomendada neste PCDT.

TECNOLOGIA AVALIADA
A Conitec analisou os estudos que trataram dos resultados esperados (eficácia), segurança e impacto orçamentário dos medicamentos. Observou-se que a associação de LAMA/LABA diminuiu a frequência de picos de piora da doença e a dificuldade de respirar. Com relação aos eventos adversos e aos casos de morte, não houve diferença entre os usuários de LAMA/LABA e de outros tratamentos.

Diante da comprovação de que não há diferença de segurança e de eficácia entre os medicamentos da mesma classe, o umeclidínio foi recomendado por ser o LAMA com o menor custo de tratamento.

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