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Consulta Pública avalia tratamento para Leucemia Mieloide Aguda

  • Publicado: Segunda, 06 de Abril de 2020, 11h31
  • Última atualização em Segunda, 27 de Julho de 2020, 11h19
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Está em avaliação na Conitec a incorporação do venetoclax para pacientes com diagnóstico recente de Leucemia Mieloide Aguda (LMA) e que, por alguma condição de saúde, não podem ser submetidos ao tratamento de quimioterapia. Demandada pela AbbVie Farmacêutica Ltda, fabricante do medicamento, a Comissão analisou estudos que comparam dados sobre os benefícios da tecnologia em relação às já ofertadas e recomendou, inicialmente, a não incorporação. Isso porque, além de não haver evidências suficientes para justificar a inclusão ao SUS, a avaliação econômica apresentou limitações importantes, com alto custo relacionado ao tratamento. Leia aqui o relatório inicial.

A leucemia é um tipo de câncer sanguíneo originado na medula óssea, tecido responsável por produzir os componentes do sangue (glóbulos vermelhos, brancos e plaquetas). Quando há alguma mutação genética, elas podem se transformar em células cancerígenas.

Na LMA ocorre uma superprodução das células imaturas (blastos), precursoras das células sanguíneas. Essa disfunção leva à liberação anormal, na corrente sanguínea, dessas formas ainda primitivas, que não conseguem  desempenhar a funções vitais, como defender o organismo (glóbulos brancos), transportar oxigênio (glóbulos vermelhos) ou manter níveis normais de coagulação (plaquetas). A doença é grave e fatal se não tratada de forma precoce. O diagnóstico ainda nos primeiros estágios e o encaminhamento especializado são essenciais para bons resultados do tratamento. Essa é a forma mais comum da leucemia aguda em adultos e acomete, principalmente, pacientes idosos, sendo a mediana da idade ao diagnóstico de 68 anos.

Muitos dos pacientes não têm indicação para o tratamento intensivo da doença, com quimioterapia em doses elevadas. A Comissão está avaliando a inclusão do venetoclax em combinação com a azacitidina para esses casos. De acordo com a bula, o medicamento age inibindo uma proteína que impede a autodestruição das células cancerígenas.

Como ainda não existem dados suficientes sobre essa tecnologia e, considerando o alto custo associado à incorporação, a Conitec considerou prudente aguardar resultados de estudos mais robustos, que estão em andamento, para reavaliar o tema futuramente.

Informações técnicas e científicas e relatos de experiência sobre o uso dessa tecnologia – ou de outras alternativas para esse tratamento – enviadas na consulta pública podem confirmar ou modificar essa análise, auxiliando assim, a elaboração do relatório final.

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