Contribua com a elaboração das Diretrizes Brasileiras de Intoxicações por Agrotóxicos
A Conitec já aprovou os três primeiros capítulos do documento e, a partir de hoje, a abre Consulta Pública para receber sugestões da sociedade sobre os capítulos 4 e 5
Até o dia 11 de março, a população poderá contribuir na elaboração das Diretrizes Brasileiras para Diagnóstico e Tratamento de Intoxicações por Agrotóxicos. O Ministério da Saúde quer ouvir a opinião da sociedade sobre os capítulos 4 e 5, que reúnem recomendações para o atendimento adequado aos pacientes intoxicados pelos agrotóxicos ácido 2,4 diclorofenóxiacético (2,4 D) e piretróides, respectivamente.
No dia 19 de fevereiro, foi publicado, em Diário Oficial da União (DOU), o terceiro capítulo das Diretrizes, com recomendações para o atendimento de pacientes intoxicados por formulações à base de glifosato, composto usado para matar ervas daninhas, que ocupam a primeira posição em termos de volume de comercialização no Brasil. Clique aqui e saiba mais sobre o assunto.
Tema do capítulo 4, o composto 2,4 D é um produto amplamente utilizado na agricultura. Dados do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento indicam que há mais de setenta herbicidas no mercado brasileiro contendo esse composto ou um de seus derivados. A disponibilidade e uso amplo desses compostos aumenta a possibilidade de exposição da população e de ocorrência de intoxicações. Neste capítulo estão estabelecidos critérios para diagnóstico, análise de sintomas e classificação de gravidade, bem como medidas de descontaminação em caso de intoxicação. A maioria dos casos graves de exposição ao produto apresentaram sintomas como fraqueza, tontura e dor abdominal. Não há antídotos que possam ser utilizados nesses casos e as orientações para as diversas formas de exposição incluem medidas de descontaminação, suporte vital e tratamento sintomático das manifestações clínicas observadas.
Também com recomendação favorável pela Comissão, o Capítulo 5 reúne intervenções adequadas para o atendimento de pacientes intoxicados por piretróides, inseticidas sintéticos muito usados na agricultura, veterinária e em produtos comerciais para controle de insetos, tais como repelentes domésticos. Esse composto tem uso importante nos programas de saúde pública. Estima-se que, globalmente, mais de 520 toneladas de ingrediente ativo desses compostos são usadas anualmente em programas de controle de organismos transmissores de doenças. Por isso, o Ministério da Saúde reuniu recomendações para identificação e tratamento para casos de intoxicação por esses produtos, que incluem medidas de descontaminação, suporte vital e tratamento dos sintomas.
Agrotóxicos
Destinados ao combate de insetos, fungos, ácaros, ervas daninhas e roedores, os agrotóxicos são produtos químicos usados em diversas atividades, como na produção industrial, na agricultura, no setor madeireiro, entre outros. O contato com princípios ativos dos agrotóxicos, seja por inalação, ingestão, tato ou pelo contato com ar, água ou alimentos contaminados, pode ser extremamente prejudicial à saúde
O Ministério da Saúde criou um Comitê Elaborador, com a participação de profissionais com experiência em Saúde Pública, Toxicologia e Medicina do Trabalho, para elaborar as Diretrizes Brasileiras para Tratamento de Intoxicações. Ao todo, o documento contará com seis capítulos, que deverão ser entregues ainda esse ano.
Como participar
Utilize os formulários eletrônicos disponíveis no nosso portal, no link Consultas Públicas. Faça seus comentários e sugestões. A participação da sociedade é fundamental!