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Medicamento será incorporado para o tratamento de hipertireoidismo em crianças e adolescentes no SUS

  • Publicado: Terça, 28 de Setembro de 2021, 10h36
  • Última atualização em Segunda, 27 de Dezembro de 2021, 10h59
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Estudos avaliados pela Conitec mostram que há larga experiência de uso do tiamazol e diversas diretrizes que o recomendam para esse grupo etário

Será incorporado ao SUS o medicamento tiamazol para o tratamento de crianças e adolescentes com hipertireoidismo, quando a glândula tireoide produz hormônios em excesso. Nessa faixa etária, ele tem como causa principal a doença de Graves, uma condição autoimune em que as defesas do corpo atacam o próprio organismo. Atualmente, não há dados mais precisos e recentes sobre a quantidade desses pacientes no Brasil. A decisão publicada pelo Ministério da Saúde segue a recomendação da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec). Para o Plenário, apesar das evidências científicas disponíveis serem escassas e de baixa qualidade, há larga experiência de uso desse medicamento e diversas diretrizes que o recomendam para esse grupo etário.

Leia aqui o relatório final.

Atualmente, não há Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas (PCDT) para hipertireoidismo em qualquer faixa de idade e o único medicamento disponível para o tratamento de hipertireoidismo no Sistema Único de Saúde (SUS) era a propiltiouracila. O resultado da consulta pública acompanhado pela Comissão demonstrou a melhor conveniência de administração de tiamazol (uma vez ao dia) em comparação à propiltiouracila (doses divididas ao dia), o que pode contribuir para melhorar a adesão ao tratamento. Observou-se que o medicamento tem o potencial de ser mais eficiente, de modo que a incorporação poderia gerar economia de recursos para o SUS.

Saiba mais

O tratamento do hipertireoidismo em crianças e adolescentes é alvo de debate, uma vez que o tratamento recomendado já como primeira opção está associado a menos de 25-40% de interrupção do quadro (ausência da doença) e apresenta riscos relacionados à segurança dos pacientes. Ainda assim, diretrizes internacionais e nacionais recomendam o tratamento medicamentoso em oposição à cirurgia ou à radioiodoterapia, dado que essas alternativas têm mais risco de gerar hipotireoidismo, ou seja, o funcionamento lentificado ou insuficiente da tireoide.

A maioria dos pacientes apresenta os seguintes sinais e sintomas: mudanças de comportamento, irritabilidade, humor instável, fadiga, palpitações, tremor, insônia, diarreia, suor excessivo, aceleração dos batimentos cardíacos, aumento na pressão arterial, sensação de vibração no peito devido ao atrito do coração com a parede torácica (como o ronronar de um gato), “sopro” no coração gerado pelo funcionamento insuficiente da válvula mitral (que fica no lado esquerdo do coração e liga as câmaras superior e inferior), crescimento acelerado, avanço da idade do desenvolvimento dos ossos, aumento do apetite (sem ganho ou com perda de peso), piora no desempenho escolar e inchaço na tireoide, que faz com que se consiga senti-la pelo toque.

Por envolver uma grande diversidade de manifestações em várias partes do organismo, é importante que os pacientes com essa condição tenham acompanhamento endocrinológico (para monitorar o funcionamento da glândula), cardiológico, oftalmológico, psiquiátrico e gastroenterológico (para verificar alterações no sistema digestivo).

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