Ministério da Saúde atualiza tratamento para Retocolite Ulcerativa
Foi publicado, no Diário Oficial da União, o Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas (PCDT) para Retocolite Ulcerativa, após recomendação da Conitec. Este documento orienta o tratamento ofertado no SUS e ainda, estabelece critérios de diagnóstico. Foi atualizado após incorporação dos medicamentos infliximabe e vedolizumabe para tratamento de pacientes com a doença. Leia aqui o relatório final.
Doença Autoimune
A retocolite ulcerativa (RCU) é uma doença inflamatória intestinal crônica e autoimune, caracterizada por episódios recorrentes de inflamação que acomete predominantemente a camada mucosa do cólon. Pode ter início em qualquer idade, porém o pico de incidência ocorre dos 20 aos 40 anos.
As causas da doença parecem estar relacionadas a fatores hereditários e a respostas inadequadas do sistema imune. O sintoma principal da RCU é a diarreia com sangue e cerca de 90% dos pacientes apresentam hemorragia retal. Outros sintomas comuns: cólica abdominal, espasmo doloroso do esfíncter anal, desejo urgente de defecar e fluido mucopurulento nas fezes e, em casos mais graves, febre, anemia e emagrecimento.
Tratamento
Os tratamentos disponíveis no SUS envolvem, além dos medicamentos recentemente incorporados, o uso de aminossalicilatos orais ou por via retal (sulfasalazina e mesalazina), de corticosteroides (hidro-cortisona e prednisona), de imunossupressores (azatioprina e 6-mercaptopurina), e de antibiótico (ciclosporina intravenosa). Uma das opções de tratamento é a retirada total ou parcial do cólon, a colectomia, usada quando os sintomas não forem controlados, ou se não houver melhora com o tratamento convencional.