Ministério da Saúde publica PCDT para doença que causa ressecamento da pele
Documento detalha tratamento, diagnóstico e monitoramento de pacientes com ictioses
Pessoas que vivem com algum dos tipos das ictioses, grupo de doenças de pele caracterizado por pele seca, escamosa ou ressecada, podem contar com Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas (PCDT) atualizado no SUS. O documento orienta o tratamento, diagnóstico e monitoramento desses pacientes na rede pública e foi aprovado após recomendação da Conitec.
Leia aqui o relatório final de avaliação da Comissão.
A maioria dos casos de ictiose é hereditária, mas alguns se desenvolvem em associação com síndromes ou doenças genéticas como o linfoma de Hodgkin. Os sintomas dependem do tipo de ictiose, mas os mais comuns incluem dor e pele escamosa seca.
Atualização do PCDT
O PCDT traz critérios para diagnóstico e classificação da doença, bem como o tratamento e monitoramento dos casos. O tratamento recomendado objetiva reduzir os sintomas e melhorar a qualidade de vida dos pacientes. De forma geral, em casos menos graves, com medicamentos tópicos, ou mais graves, com terapias sistêmicas. O tratamento busca reduzir a espessura, as escamas e a inflamação da pele. Para os casos mais leves, são recomendados medicamentos que contenham ácido salicílico ou ureia, para aliviar a secura e facilitar a escamação. Em casos graves podem ser necessários o uso de derivados da vitamina A, chamados de retinoides.
O paciente e sua família devem receber, pela equipe multidisciplinar, orientação sobre a natureza da doença e sobre a importância de cuidados tópicos contínuos. Idealmente, psicoterapia de apoio também deve ser ofertada.
A atualização dos PCDT é realizada pelo Ministério da Saúde de forma periódica para garantir que sejam disponibilizadas no SUS as melhores práticas para diagnóstico e tratamento das doenças. Esse processo envolve busca e análise de evidências científicas acerca das opções de terapia disponíveis para cada condição de saúde.