SUS passa a ofertar mais um exame para diagnóstico de doença autoimune
Miastenia gravis provoca fraqueza que pode atingir grupos musculares específicos ou ser generalizada. As manifestações oculares, como pálpebra caída ou visão dupla, são as mais comuns
Foi incorporado ao SUS o exame de dosagem de anticorpo antirreceptor de acetilcolina (anti-AChR) para diagnóstico da miastenia gravis (MG), doença autoimune que impede a comunicação entre os nervos e os músculos provocando fraqueza muscular. A tecnologia é capaz de diagnosticar a MG por meio da detecção e quantificação de anticorpos, ainda que se encontrem em quantidades muito pequenas no organismo. Estudos demonstraram que o exame de dosagem dos anti-AChR consegue detectar com maior certeza quais indivíduos possuem a doença, quando comparado ao exame de Estimulação Nervosa Repetitiva (ENR) – recurso também disponível na rede conforme o Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas da Miastenia Gravis, publicado em novembro de 2015.
O diagnóstico é feito com base no histórico do paciente, de acordo com os sinais e sintomas apresentados, como também a partir de ambos os exames.
Leia aqui o relatório final.
A miastenia gravis pode se manifestar em qualquer idade, acometendo mais mulheres do que homens. A idade de início da doença costuma ser em torno de 20 a 34 anos para mulheres e 70 a 75 anos para homens.
Saiba mais
A fraqueza provocada pela MG pode atingir grupos musculares específicos (músculos dos olhos, das faces e os envolvidos na respiração, na fala, na deglutição, etc) ou ser generalizada. As manifestações oculares, como pálpebra caída ou visão dupla, são as mais comuns. Na maioria dos casos, isso acontece porque o organismo passa a produzir anticorpos que destroem os receptores de acetilcolina - substância liberada pelos nervos que se liga aos músculos, provocando a contração muscular.
O resultado dos tratamentos pode ser utilizado na confirmação do diagnóstico em pacientes com autoanticorpos em pouca quantidade no organismo.