Técnicos da Conitec manifestaram seu apoio à campanha do Outubro Rosa
Técnicos da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS - Conitec manifestaram na sexta-feira (21/10) apoio à campanha nacional do Outubro Rosa lançada pelo Ministério da Saúde e Instituto Nacional do Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA), no inicio do mês de outubro. O objetivo da campanha é alertar as mulheres sobre os mitos associados ao câncer de mama e ressaltar a importância da mulher ficar atenta a alterações suspeitas nas mamas.
O câncer de mama é atualmente o tumor mais comum entre as mulheres. Sua incidência aumenta progressivamente após os 35 anos de idade e, apesar de ser menos comum, também pode ocorrer em homens na mesma faixa etária. Os principais sinais e sintomas do câncer de mama são: caroço (nódulo) fixo, endurecido e, geralmente, indolor; pele da mama avermelhada, retraída ou parecida com casca de laranja; alterações no bico do peito (mamilo); pequenos nódulos na região embaixo dos braços (axilas) ou no pescoço ou saída espontânea de líquido dos mamilos.
Segundo dados do MS as mamografias no país cresceram 37%, no comparativo entre os primeiros semestres de 2010 e 2016, passando de 1,6 milhão para 2,2 milhões. Na faixa etária de 50 a 69 anos (faixa etária prioritária), o aumento foi ainda maior no período (64%), saindo de 854 mil para 1,4 milhão de mamografias.
Conitec – A Conitec é a instância do Ministério da Saúde responsável pela recomendação sobre a incorporação, exclusão e alteração de tecnologias em saúde pelo SUS, bem como pela constituição ou alteração de Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas - PCDT.
Em 2012, a Conitec recomendou a incorporação do trastuzumabe para tratamento do câncer de mama em estágio inicial e localmente avançado e em 2014 foi incorporada ao SUS a hormonioterapia prévia (pré-operatório, neoadjuvante) do câncer de mama para redução de tumores. Em 2015, a Conitec também aprovou as Diretrizes Nacionais para a detecção precoce do câncer de mama.
A Conitec avaliou, ainda em 2015, a mamografia para rastreamento, recomendando a não ampliação do uso da mamografia para o rastreamento do câncer de mama em mulheres assintomáticas com risco habitual fora da faixa etária atualmente recomendada no SUS (50 a 69 anos). A recomendação se baseou nas evidências científicas que demonstram que fora desta faixa etária existe incerteza sobre os benefícios, sobrediagnóstico e aumento do risco de resultados falsos positivos, levando a biópsias e tratamentos desnecessários, além do aumento do risco radiológico por exposições repetidas.
Para essa faixa etária (50 e 69 anos) é indicada a mamografia bilateral de rastreamento sem necessidade de pedido médico e sem apresentação de sintomas ou histórico de câncer na família. Esse exame também pode ser realizado em qualquer faixa etária desde que a paciente apresente sintomas ou histórico de câncer na família. Já a mamografia unilateral tem a finalidade de diagnóstico, avaliação do estágio do tumor e acompanhamento de doente operado de câncer de mama. Esse exame pode ser indicado para a mulher, em qualquer faixa etária, em uma ou nas duas mamas ao mesmo tempo. É feita conforme solicitação médica.
O SUS oferece ainda radioterapia e quimioterapia para o tratamento do câncer de mama, mastectomia e reconstrução mamária.