Tecnologias para Hemoglobinúria Paroxística Noturna são tema de Consultas Públicas
Sociedade pode enviar contribuições até o dia 27 de setembro
Está em avaliação na Conitec a incorporação de três tecnologias para tratamento e diagnóstico da Hemoglobinúria Paroxística Noturna (HPN), são elas: o exame de citometria de fluxo, o transplante de células tronco hematopoiéticas e duas vacinas para prevenção de doenças meningocócicas.
O PCDT para a doença está em elaboração e, caso sejam incorporadas, essas tecnologias serão incluídas no documento. Saiba mais sobre essas consultas públicas:
Citometria de Fluxo para Diagnóstico de Hemoglobinúria Paroxística Noturna
Demandada pelo Ministério da Saúde, a Conitec analisou a ampliação do exame de citometria de fluxo (CF) para diagnóstico de hemoglobinúria paroxística noturna. A CF é um método utilizado para contagem, classificação e análise das células. Os estudos analisados demonstraram que este exame é considerado padrão para o diagnóstico laboratorial da HPN e para o monitoramento da evolução da doença.
Após avaliação, a Comissão recomendou inicialmente a incorporação das tecnologias. Leia aqui o relatório inicial.
Transplante Alogênico de Células-Tronco Hematopoiéticas de Medula Óssea
O Transplante de Células-Tronco Hematopoiéticas é uma técnica utilizada no tratamento de várias doenças do sangue. As células sanguíneas (glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e plaquetas) originam-se de uma única célula, chamada de célula-tronco. Essas células são produzidas na medula óssea e também são encontradas em grande quantidade no cordão umbilical. O procedimento consiste em fornecer ao paciente as células-tronco que podem ser retiradas dele mesmo, de um doador compatível ou até mesmo de células do cordão umbilical. Assim, as células-tronco doadas (saudáveis) vão se abrigar na medula óssea, estimulando a produção de novas células sanguíneas normais.
A Conitec analisou os estudos e constataram que o transplante tem alto potencial de cura para os pacientes com HPN e, por isso, recomendou inicialmente a incorporação. Leia aqui o relatório inicial.
Vacina meningocócica ACWY (conjugada) e vacina adsorvida meningocócica B (recombinante)
Essa Consulta Pública avalia a incorporação de duas vacinas para pacientes tratados com o eculizumabe, um dos medicamentos disponíveis no SUS para tratamento da HPN.
O uso deste medicamento está associado ao aumento de risco em adquirir infecções meningocócicas, causadas pela bactéria meningococos, que podem levar a diversas doenças, inclusive a meningite. O meningococo é classificado em 12 sorogrupos, sendo que a maioria dos casos de doença são causados pelos sorogrupos A, B, C, W, X e Y. Por causa da rapidez, gravidade e letalidade da doença, bem como de seu potencial caráter epidêmico, a prevenção por meio de vacinas se torna mais eficaz. A orientação é que todos os pacientes sejam vacinados antes do tratamento com o medicamento.
A vacina meningocócica ACWY previne contra os meningococos dos sorogrupos A, C, Y e W-135 (vacina quadrivalente) e a vacina meningocócica B contra o sorogrupo B.
Após avaliação dos estudos, a Conitec recomendou inicialmente a incorporação no SUS da vacina meningocócica ACWY (conjugada) para os pacientes com hemoglobinúria paroxística noturna que fazem o uso do eculizumabe e a não incorporação da vacina adsorvida meningocócica B (recombinante). Leia aqui a recomendação inicial.