Tratamento para artrite reativa ganha atualização de protocolo pelo SUS
Doença rara, de origem bacteriana, causa inflamação das articulações
O Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas (PCDT) da Artrite Reativa (ARe) foi atualizado e traz novas informações sobre o tratamento de pacientes no SUS. A medida acompanha a recomendação de ampliação de uso do medicamento naproxeno, no ano passado, feita pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec), e que expandiu as possibilidades de tratamento para quem vive com a doença. O documento anterior é de 2015. Rara e de origem bacteriana, a ARe causa inflamação das articulações e costuma surgir após uma infecção no aparelho genital e urinário ou gastrointestinal. A manifestação clínica mais comum é a presença de inflamação em uma ou até quatro articulações, predominantemente em membros inferiores – com destaque para joelhos, tornozelos e dedos.
Leia aqui o relatório atualizado.
A artrite reativa ocorre geralmente em adultos jovens, tanto homens quanto mulheres. O intervalo entre a infecção com sintomas e o início da doença varia de alguns dias a semanas. A ARe pode ser classificada como aguda, quando tem duração inferior a seis meses, ou crônica, quando tem duração igual ou superior a seis meses. Na maioria dos casos, os pacientes se recuperam bem, em poucos meses, de forma gradual. Entretanto, após a crise inicial, boa parte dos pacientes pode permanecer com desconforto articular, dor na parte baixa das costas e ter episódios de inflamação nas regiões que ligam os tendões aos ossos. Além disso, entre 15% e 30% acabam desenvolvendo doença inflamatória articular crônica.
TRATAMENTO NO SUS
A intervenção médica pode ter diferentes abordagens, incluindo o tratamento da infecção desencadeante e das manifestações musculoesqueléticas (em especial, dores e inflamações articulares). Abordagens não-farmacológicas, como exercícios físicos e fisioterapia, também podem ser indicadas.