Consulta pública recebe contribuições sobre medicamento para tratamento dos casos moderados a graves de pneumonia por Covid-19
O tema esteve em pauta na última quinta-feira (10), durante a 98º Reunião da Conitec, e agora segue para consulta pública até o dia 25 deste mês
Uma nova tecnologia para o tratamento da Covid-19 está sendo avaliada pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec). Trata-se do redenvisir, medicamento que inibe a multiplicação do vírus e tem sido indicado para o tratamento de pacientes com Covid-19 hospitalizados com pneumonia e necessidade de suplementação de oxigênio. O tema esteve em pauta na última quinta-feira (10), durante a 98º Reunião da Comissão, e agora segue para consulta pública até o dia 25 deste mês. O Plenário o avaliou sob o recorte do tratamento em adultos e adolescentes (com idade igual ou superior a 12 anos e com peso corporal de, pelo menos, 40kg). A recomendação inicial foi desfavorável à incorporação por considerar que as evidências apontam para a ineficácia da medicação.
Participe da consulta pública. Clique aqui para o envio de relatos de experiência/opinião ou contribuições de cunho técnico-científico sobre o tema.
Apesar de divergir da Organização Mundial de Saúde (OMS), que desaconselhou o uso, esse medicamento recebeu registro no Brasil em março de 2021. A recomendação da Anvisa foi feita com base em um estudo que constatou a redução do tempo de internação dos pacientes com Covid-19 que fizeram uso do rendesivir, aspecto considerado como positivo pela Agência devido ao contexto brasileiro de falta de leitos disponíveis para o tratamento dos pacientes acometidos pela doença. No entanto, dados de impacto quanto a segurança e tempo de terapia ainda são limitados.
Avaliação de tecnologias para Covid-19
As demandas de prevenção/tratamento da Covid-19 têm sido encaminhadas à Conitec pelo Ministério da Saúde (MS), no escopo de medidas que vêm sendo adotadas a fim de controlar e combater os casos de coronavírus em todo o país. A dinâmica imposta pela pandemia poderá exigir revisões constantes de uma mesma tecnologia, à medida que novos estudos vão sendo realizados e publicados.
A Conitec atua sempre que demandada e leva em consideração aspectos como eficácia, acurácia, efetividade e a segurança, além da avaliação econômica comparativa dos benefícios e dos custos em relação às tecnologias já existentes no SUS e o seu impacto orçamentário.