Esclerose Múltipla: Acetato de glatirâmer será ofertado na apresentação de 40 mg
A incorporação dessa apresentação do medicamento reduz o número de injeções aplicadas em pacientes durante o tratamento
Pacientes com esclerose múltipla remitente recorrente (EMRR) terão acesso ao acetato de glatirâmer na versão de 40 mg, por meio do Sistema Único de Saúde (SUS). O medicamento injetável impede a atividade da doença que ataca o Sistema Nervoso Central (SNC) e provoca distúrbios na comunicação entre o cérebro e o corpo. Ele já estava incluído no tratamento ofertado pelo SUS na versão de 20 mg.
A Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec) recomendou a incorporação da apresentação, com maior dose, após verificar a ocorrência de resultados e efeitos adversos semelhantes em pessoas tratadas com doses menores do medicamento, possibilitando a redução no número de aplicações necessárias por tratamento, de sete doses semanais para três, e um conforto maior para os pacientes. Além disso, pode gerar economia com a redução do uso de insumos, como ampolas por exemplo. A decisão da incorporação do medicamento, publicada no Diário Oficial da União (DOU) no dia 28 de dezembro, foi tomada mediante negociação de preço com o laboratório fornecedor da tecnologia e deverá seguir orientações estabelecidas pelo Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas (PCDT) da doença. Clique aqui e veja o relatório de recomendação.
A esclerose múltipla é uma doença que afeta o SNC, causando destruição da mielina, proteína fundamental na transmissão do impulso nervoso. Os sintomas mais comuns são a falta de coordenação motora e de equilíbrio e a disfunção ou interrupção dos movimentos de um ou mais membros. A doença é mais prevalente na faixa etária entre 18 e 55 anos de idade, mas pode ocorrer em pacientes pediátricos e mais velhos, sendo mais recorrente em mulheres. No Brasil, estima-se que a cada 100 mil habitantes, 15 são diagnosticados com a doença.