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Medicamento para câncer renal em estágio avançado não será incorporado ao SUS

  • Publicado: Segunda, 16 de Novembro de 2020, 18h35
  • Última atualização em Sexta, 04 de Dezembro de 2020, 16h55
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Para o Plenário da Conitec não existem benefícios adicionais em comparação às opções de tratamento já disponíveis na rede pública de saúde

O medicamento cabozantinibe avaliado pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec) como primeira opção de tratamento para pacientes com câncer renal em estágios intermediário ou alto da doença não será incorporado ao SUS. Para o Plenário, não existem benefícios adicionais em comparação às opções de tratamento já disponíveis na rede pública de saúde. O câncer renal é o sétimo mais frequente em homens e o nono em mulheres. A Comissão observou, além da ocorrência de efeitos adversos, incertezas quanto as evidências disponíveis sobre a tecnologia, uma vez que os dados apresentados provêm de um único estudo acerca do medicamento.

Leia aqui o relatório final.

O Carcinoma de Células Renais (CCR), também conhecido como adenocarcinoma de células renais, é o câncer renal mais comum. Nove em cada dez casos são desse tipo. Os principais fatores ligados ao desenvolvimento desse tipo de câncer são tabagismo, obesidade, sedentarismo, diabetes, hipertensão arterial, histórico familiar da doença e trabalho que envolva contato com substâncias como o tricloroetileno (amplamente usado como solvente para retirar gordura de superfícies metálicas e na fabricação de refrigerantes).

Os sinais e sintomas da doença costumam se manifestar em estágios mais avançados. São eles: sangue na urina, dor lombar lateral, massa na lateral ou na região lombar, fadiga, perda de apetite, perda de peso, febre intermitente não causada por infecção, anemia, dor óssea, inchaço dos gânglios linfáticos ou tosse persistente.

Tratamento no SUS

Pacientes com câncer renal são tratados no SUS conforme orientação das Diretrizes Diagnósticas e Terapêuticas (DDT) para a doença. A condução do tratamento está ligada à classificação de risco e estágio em que se encontra. Quando o câncer é localizado, recomenda-se a extração total ou parcial dos rins ou a ablação térmica (técnica que gera uma temperatura que leva à morte celular). Em relação aos quadros em estágio avançado, ainda não há consenso sobre a melhor conduta terapêutica.

Em caso de metástase (quando há células cancerígenas também em outros órgãos) o tratamento deve envolver a retirada total dos rins quando o paciente apresenta indicação e condições clínicas para tal. A extração cirúrgica do tumor e da metástase pode ser indicada como estratégia para aliviar temporariamente os sintomas e aumentar a sobrevida.

Quando esses procedimentos não podem ser realizados, o uso de quimioterapia paliativa é possível para pacientes com risco baixo ou intermediário, ainda que frequentemente esse tipo de tumor seja muito resistente ao tratamento quimioterápico.

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