Medicamento para leishmaniose tegumentar é incorporado ao SUS
Por muito tempo a leishmaniose foi considerada uma doença rural, que não apresentava muitos perigos à população urbana, entretanto, vem se alastrando nas grandes cidades. O tipo da doença conhecida como tegumentar é provocada por protozoários flagelados do gênero Leishmania, da família Trypanosomatidae.
O tratamento recomendado para esta doença contempla repouso, boa alimentação e medicamento. A miltefosina, incorporada no dia 31 de outubro de 2018, ao Sistema Único de Saúde (SUS), por meio de Portaria publicada no Diário Oficial da União (DOU), constitui o único tratamento oral disponível a leishmaniose tegumentar. A disponibilização da miltefosina pelo SUS possibilita facilidade no acesso e adesão ao tratamento, visto que o paciente pode adquiri-lo logo após o diagnóstico e utilizá-lo em casa.
Na avalição realizada pela CONITEC, a miltefosina apresentou uma taxa de cura, em seis meses, variando entre 58,6% e 87,5%, considerada semelhante ao antimoniato de meglumina, já disponível no SUS, que variou entre 53,3% a 93,7%. Considerando a segurança, o novo medicamento incorporado apresentou eventos adversos de menor gravidade quando comparado à terapia já disponível, sendo os sintomas gastrointestinais os mais frequentes.
Acesse o relatório técnico da CONITEC, com informações detalhadas sobre a análise do medicamento, neste link.
Sobre a doença
A leishmaniose cutânea ou tegumentar (LT) é a forma mais comum da doença, caracterizada pela presença de feridas na pele dos pacientes, podendo ocorrer em alguns casos a desfiguração facial. O diagnóstico é realizado pela observação microscópica direta dos parasitas, exames sanguíneos ou por biópsias do baço.
A prevenção da doença consiste na proteção contra as picadas de insetos, fazendo uso de repelentes, roupas adequadas, telas em portas e janelas, e mosquiteiros.
Saiba mais
A população pode acompanhar todos os processos de incorporações de novas tecnologias ao SUS e publicações de Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas (PCDT) pelo site da CONITEC.