Ministério da Saúde amplia o tratamento para câncer renal
Com 209 mil novos casos por ano em todo mundo, a doença é o sétimo tipo de câncer mais comum em homens e o nono mais comum em mulheres
Ministério da Saúde ampliou o tratamento disponibilizado pelo SUS para pacientes com câncer renal e decidiu, após análise da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec) pela incorporação dos medicamentos pazopanibe e sunitinibe. Os tratamentos deverão seguir a Diretriz Diagnóstica Terapêutica (DDT) para a doença.
O câncer de rim é uma doença silenciosa, que não costuma apresentar sintomas em fase inicial. Por esse motivo, é comum casos de pacientes que descobrem o tumor por acaso – ao fazer um exame de imagem durante um check-up de rotina ou para investigar outras suspeitas, por exemplo. Com isso, em muitas situações, o diagnóstico é feito em estágios avançados ou metastáticos da doença, quando as chances de cura são menores.
Existem diferentes tipos de câncer que podem atingir o rim. O principal é conhecido como carcinoma renal de células claras. Esse tipo de tumor corresponde a aproximadamente 75% dos casos de câncer neste órgão. No Brasil, a prevalência estimada é de 7 a 10 casos para cada 100 mil habitantes. O prognóstico desse tipo de câncer depende, dentre outros fatores, da idade do paciente e da rapidez em diagnosticar e tratar a doença.
Novos medicamentos
Para esse tipo de câncer, a Conitec analisou os medicamentos cloridrato de pazopanibe e malato de sunitinibe, que atuam nas células cancerígenas, diminuindo e interrompendo seu crescimento e, até mesmo, destruindo o tumor em estágios avançados da doença.
A participação da sociedade, com envio de contribuições sobre as tecnologias durante a Consulta Pública, foi fundamental para a incorporação dos medicamentos. A recomendação preliminar da Conitec foi desfavorável a inclusão dessas tecnologias no SUS por não haver clareza em seus benefícios. As contribuições recebidas apresentaram argumentos que enfatizaram a eficácia e segurança do sunitinibe e do pazopanibe em relação aos outros tratamentos já ofertados no SUS para a doença, aspecto que foi reavaliado pela Conitec.
Assim, a Comissão entendeu que houve argumentação suficiente para alterar sua recomendação preliminar e decidiu por dar parecer favorável à incorporação dos medicamentos.
A decisão do Ministério da Saúde de acolher essa decisão e incorporar o cloridrato de pazopanibe e malato de sunitinibe para carcinoma renal de células claras metastático foi publicada Diário Oficial da União no dia 28 de dezembro.
Veja aqui o relatório técnico.