Ministério da Saúde atualiza PCDT para artrite reumatoide
Documento destaca importância do diagnóstico precoce e tratamento ainda nas fases iniciais para evitar progressão da doença
O Ministério da Saúde publicou uma nova versão do Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas (PCDT) para artrite reumatoide (AR), doença inflamatória autoimune que afeta articulações e órgão internos. A atualização do documento foi demandada pela Secretaria de Ciência, Tecnologia, Inovação e Insumos Estratégicos em Saúde (SCTIE) do Ministério da Saúde, após a incorporação do baricitinibe, em março deste ano, no rol de medicamentos disponíveis para tratamento da doença no SUS. O documento orienta a administração dos demais tratamentos medicamentosos e não medicamentosos disponíveis, além de critérios para diagnóstico e classificação da doença. A proposta de texto teve recomendação favorável da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec). Leia aqui o documento na íntegra.
A artrite reumatoide é uma doença crônica, sem cura, de causa desconhecida. Ela afeta as articulações de forma irreversível e pode trazer sérias implicações para qualidade de vida de pacientes e gerar deformidades que podem comprometer a capacidade de realizar movimentos. Além das manifestações articulares, a doença pode afetar múltiplos órgãos internos e reduzir a expectativa de vida. A AR é mais frequente em mulheres, na faixa etária de 30 a 50 anos.
O diagnóstico precoce e o tratamento oportuno, nas fases iniciais, reduzem a destruição articular e melhoram o prognóstico desses pacientes.
PCDT para reumatoide
O PCDT para AR tem como objetivo orientar o tratamento, diagnóstico e monitoramento desses pacientes, visando a remissão da atividade da doença. O documento sugere que o diagnóstico seja realizado por exames clínicos, considerando sinais e sintomas do paciente, bem como exames laboratoriais. Como não existe um exame isolado que confirme a doença, profissionais de saúde devem considerar os sinais descritos no protocolo, como rigidez matinal, nódulos reumatoides, artrites nas mãos, em três ou mais áreas articulares, entre outros.
O documento aponta que pacientes devem ser acompanhados por equipe multidisciplinar (com fisioterapeuta, terapeuta ocupacional, psicólogo, nutricionista e suporte de um médico reumatologista) e orientados sobre mudanças no estilo de vida. O tratamento medicamentoso envolve o uso de anti-inflamatórios, corticoides, imunossupressores, entre outros, que tem por objetivo melhorar os sintomas e controlar a evolução da doença.