Ministério da Saúde publica atualização do PCDT para diabete
Nova versão do documento inclui o uso da insulina análoga de ação prolongada recentemente incorporada ao SUS
Foi publicada, na última quarta-feira, dia 13 de novembro, a atualização do Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas (PCDT) para Diabete Melito tipo 1 (DM1). Nesta última versão está incluída a insulina análoga de ação prolongada, alternativa de tratamento incorporada ao SUS em março desse ano.
Essa insulina é formada por quatro sequências de aminoácidos similares à insulina humana, hormônio essencial para controle dos níveis de glicose no sangue.
A DM1 é uma doença causada pela produção insuficiente ou pela má absorção de insulina, hormônio que regula a glicose no sangue e garante energia para o organismo. Isso acontece devido a distúrbios do sistema imunológico que danifica, de forma irreversível, o pâncreas, órgão responsável pela secreção da insulina. Por isso, os pacientes devem administrar esse hormônio diariamente.
No Brasil, em 2018, aproximadamente 8% da população adulta brasileira foi diagnosticada com diabete, o que representou aumento de 40% em relação ao ano de 2006, quando representava 5,5% da população.
TRATAMENTO
O tratamento preconizado no PCDT para pacientes com DM1 inclui cinco componentes principais: educação sobre a doença, o tratamento com insulina, monitoramento da glicemia, orientação nutricional e a prática exercício físico.
O tratamento é complexo e exige a participação intensiva do paciente.
Como alternativa medicamentosa, além da insulina análoga de ação prolongada, são também incluídas no PCDT outras opções terapêuticas, como a insulina NPH, insulina regular e a insulina análoga de ação rápida.
O tratamento não medicamentoso é indispensável para o controle da doença e envolve estímulo ao autocuidado, orientação nutricional e cessação do tabagismo.
O paciente com DM1 deve ser acompanhado por vários profissionais da área da saúde, incluindo enfermeiro, farmacêutico, nutricionista, psicólogo, cirurgião dentista, educador físico e profissionais da área da educação.
Leia aqui o texto do PCDT.