MS amplia uso de procedimento de dosagem de medicamento para pacientes com doença rara no SUS
Dosagem do sirolimo auxilia pessoas que vivem com linfangioleiomiomatose a direcionar melhor o tratamento
O Ministério da Saúde (MS) publicou a decisão de ampliação do procedimento de dosagem do sirolimo para pessoas que vivem com linfangioleiomiomatose (LAM), doença rara e progressiva que pode afetar gravemente os pulmões. A decisão foi pautada após avaliação da Conitec, que considerou o procedimento necessário para monitorar e orientar o tratamento desses pacientes.
Leia aqui o relatório final da Comissão.
De acordo com o protocolo de uso do sirolimo para tratamento da LAM, as concentrações do medicamento devem ser medidas em períodos de 10 a 20 dias. Uma vez que uma dose estável é alcançada, a monitorização deve ser realizada pelo menos a cada três meses. O sirolimo passou a ser ofertado no SUS no ano passado, mas o procedimento para dosagem ainda não havia sido ampliado para a condição. A ampliação auxilia no suporte e no tratamento adequado e, logo, na melhoria da qualidade de vida dos pacientes.
Doença Rara
A LAM é uma doença rara associada à ativação inadequada de proteínas responsáveis pelo crescimento celular. Essa disfunção leva ao aumento atípico de células musculares nos pulmões, podendo gerar a obstrução das vias aéreas e sanguíneas. Com a evolução, pode haver dificuldades na oxigenação adequada do organismo. Por isso, a doença é considerada progressiva e degenerativa. Ela acomete principalmente mulheres em idade fértil. Em média, os sintomas aparecem por volta dos 38 anos.