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Relatório final da Conitec recomenda não incorporação de medicamento para mielofibrose no SUS

  • Publicado: Terça, 14 de Julho de 2020, 09h21
  • Última atualização em Sexta, 28 de Agosto de 2020, 10h05
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Análise que contemplou subtipos da doença já passou pelo período de consulta pública

O plenário da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec) recomendou a não incorporação no SUS do medicamento ruxolitinibe para o tratamento de pacientes com mielofibrose. A análise contemplou os seguintes subtipos da doença: primária, pós policitemia vera ou pós trombocitemia essencial, de risco intermediário-2 ou alto. A Comissão considerou o ruxolitinibe como um medicamento paliativo, associado a eventos adversos. Além disso, apontou que a tecnologia não pode ser considerada como custo-efetiva em comparação com melhor tecnologia já disponível (leia aqui o relatório completo).

O tema passou por consulta pública entre os meses de fevereiro e março, período em que foram recebidas 1.347 contribuições.  

A mielofibrose é um tipo raro de câncer do sangue e que ocorre devido ao mal funcionamento das células-tronco. A principal característica é a produção anormal de células sanguíneas. O ruxolitinibe é utilizado no processo de recuperação da contagem dessas células e foi avaliado se poderia trazer alívio ou melhora temporária dos sintomas relatados pelos pacientes.

Atualmente, não há Protocolo Clínico de Diretrizes Terapêuticas (PCDT) do Ministério da Saúde para o tratamento da mielofibrose. Uma diretriz para diagnóstico e tratamento da doença foi elaborada pelo Comitê Britânico de Normas em Hematologia, publicada em 2012 (e atualizada em 2014), que orienta o tratamento no caso de aumento do baço e de anemia. Também cita a terapia imunossupressora e o transplante de medula óssea, considerado o único tratamento curativo.

SAIBA MAIS

Os pacientes sintomáticos costumam apresentar fraqueza, cansaço, desconforto ou dor no quadrante superior esquerdo do abdômen, perda de peso, hemorragia no trato gastrointestinal, dor nas juntas, dentre outros.

Um em quatro pacientes é assintomático e, nesses casos, o diagnóstico é feito por meio do exame físico, nos quais se observa aumento do baço ou outros sinais da doença.

O distúrbio ocorre quando as células-tronco do sangue desenvolvem mutações somáticas em alguns genes (JAK2, MPL, CALR e TET2).

Embora a mielofibrose possa ocorrer em qualquer idade, ela geralmente se desenvolve após os 50 anos. O tratamento visa aliviar sintomas e pode incluir medicamentos, transfusões de sangue, quimioterapia, radioterapia e cirurgia. O transplante de medula óssea ou de células-tronco pode trazer melhora do quadro e até mesmo curar a doença.

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