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Evidências científicas qualitativas e relatos de pacientes no processo de ATS são temas da 2ª edição de workshop internacional

  • Publicado: Terça, 26 de Janeiro de 2021, 20h26
  • Última atualização em Terça, 16 de Março de 2021, 10h13
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Participação social está entre os elementos estratégicos do trabalho feito pelo comitê do Reino Unido

Metodologias para a inclusão de evidências científicas qualitativas no processo de Avaliação de Tecnologias em Saúde (ATS) e abertura a relatos de pacientes foram os temas da segunda edição do workshop promovido pelo governo britânico em parceria com o Departamento de Gestão e Incorporação de Tecnologias e Inovação em Saúde (DGITIS/SCTIE/MS) do Ministério da Saúde, e o National Institute for Health and Care Excellence – NICE, do Reino Unido, nesta terça-feira (26).

Pesquisadores que compõem o quadro do instituto inglês comentaram sobre como integram pacientes e os colocam como membro do comitê de avaliação de tecnologias. De acordo com eles, para que a participação social ocorra de maneira transparente e efetiva, foram criados alguns passos com base em métodos qualitativos e quantitativos de pesquisa. A escuta dos interessados em compartilhar sobre diferentes condições de saúde e os impactos em suas vidas cotidianas acabam por trazer mais elementos para o trabalho desenvolvido a fim de aprimorar a assistência oferecida pelo sistema de saúde.

O NICE tem função similar à Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec) no Reino Unido e promove diretrizes nacionais e recomendações para melhorar a assistência social e a saúde.

"São perspectivas interessantes, como na ocasião em que avaliávamos a possibilidade de máquinas para diálise na casa dos pacientes e nos foi comunicado, por muitos deles, sobre o sentimento ruim de lembrar o tempo todo da doença, não ficando só mais um momento reservado para as idas até o hospital. Ou mesmo quando discutíamos sobre a psoríase e descobrimos que mais do que a quantidade de lesões, o local em que elas apareciam trazia mais desconforto aos pacientes", contou a Conselheira Científica Principal, do NICE International, Pilar Pinilla-Dominguez.

Desafios também foram compartilhados, como a barreira de conversas ainda muito técnicas ou mesmo decisões que nem sempre são bem compreendidas, quando contrárias ao que acreditam os participantes. "Pode ser um ambiente intimidador para os pacientes", pontuou o professor Stephen O'Brien.

Por isso, algumas diretrizes aparecem como fundamentais nesse processo. Manter a clareza sobre como o indivíduo pode contribuir com o comitê, a transparência no processo de consulta, treinamento, apoio também aos grupos e organizações de pacientes. "É um processo de aprimoramento e aprendizado contínuo", disse um dos pesquisadores.  Evidência do paciente X custos também aparece como uma equação ainda necessária de ser melhor resolvida, uma vez que o impacto orçamentário ainda está entre os critérios importantes no processo de avaliação de uma tecnologia.

No Brasil, a Conitec também tem desempenhado projeto semelhante com a iniciativa da Perspectiva do Paciente. Usuários do SUS têm a oportunidade de participar da reunião da Comissão e compartilhar experiências com o Plenário.  

Saiba mais

A programação que teve início na última semana segue até março, com mesas e painéis em diferentes dias do mês.

O cronograma criado pelo DGTIS contempla discussões sobre terapias genéticas e produção de vacinas, por exemplo, temas desafiadores na área de avaliação de tecnologias em sistemas públicos de saúde.

O workshop facilita ao elencar pontos prioritários para intercâmbios, na área de ATS, entre os dois países.

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